O condomínio Solaris da Torre, um dos mais tradicionais do Andaraí, é conhecido como Tijolinho. Mas será que VOCÊ SABIA de onde vem esse apelido?
A Companhia América Fabril, instalada entre Andaraí, Grajaú e Vila Isabel, foi desativada em 1968. Em 1976, o Banco Nacional da Habitação (BNH) comprou dois lotes do terreno da antiga fábrica para construir um condomínio destinado à classe média. Foi a primeira vez que o BNH promoveu um concurso para um projeto como esse, no qual concorreram 36 escritórios de arquitetura. O trabalho vencedor é o que resultou no Solaris da Torre: oito prédios, com uma praça central, uma praça comunitária com clubes esportivos na parte alta do terreno, um colégio, onde funciona a Escola Municipal Presidente João Goulart, e um supermercado, depois modificado para abrigar várias lojas. A praça central abriga duas relíquias da América Fabril: a chaminé e a torre do relógio.
Os tijolos aparentes, predominantes em toda a área construída, são reminiscências da antiga América Fabril. Foi por causa deles que o condomínio ganhou o apelido de Tijolinho. O nome da praça central, Professor Darcy Pereira, também está ligado à história do conjunto arquitetônico: quando a entrega dos imóveis foi ameaçada pela falência da construtora, Darcy liderou a mobilização dos proprietários para garantir a conclusão das obras e evitar que o empreendimento fizesse parte da massa falida da empresa.
Como faz em toda a cidade, a Secretaria de Conservação esteve no Tijolinho, atuando em prol da população. Entre as ações, destacam-se a desobstrução de ralos na Rua Carena e uma série de serviços efetuados no entorno da Praça Professor Darcy Pereira, como a remoção das pichações da antiga chaminé da América Fabril, que ainda recebeu uma grade de proteção, o conserto do portão de entrada da área de lazer e o reparo das grades que cercam os canteiros.