Revitalização dos Arcos da Lapa entra na reta final

Publicado em 04/05/2022 - 14:39  |  Atualizado
A revitalização dos Arcos da Lapa está na reta final (Foto: Rodrigo Andrade/Seconserva)

Falta pouco para a Cidade Maravilhosa ter de volta um dos seus principais símbolos: a revitalização dos Arcos da Lapa está na reta final. Nesta quarta, 4 de maio, a Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Conservação, entrou na última etapa da manutenção do monumento, que inclui raspagem, limpeza e aplicação de cal. A previsão é que, no início de junho, os Arcos tenham recuperado o tom intenso de branco que chama a atenção na paisagem carioca.

O serviço, sob a responsabilidade da Gerência de Monumentos e Chafarizes, está orçado em cerca de R$ 1,3 milhão. As equipes começaram retirando as pichações espalhadas em vários pontos do monumento, bem como removendo o limo que se formou em alguns trechos da superfície, por conta da umidade provocada pelas chuvas. A ação inclui, além de trabalhadores em andaimes, um time de alpinistas industriais, que ficam pendurados a mais de 17 metros do chão para alcançar a parte superior da estrutura, fazendo decapagem com espátula e escova de aço. Na sequência, é aplicada a massa e feita a caiação das extremidades.

Para a secretária de Conservação, Anna Laura Valente Secco, devolver ao Rio um monumento tão emblemático é motivo de orgulho e uma grande responsabilidade. “Os Arcos não passavam por uma revitalização desse porte há mais de cinco anos. Estamos trabalhando em um bem tombado, que é muito amado pelos cariocas e uma das atrações mais visitadas por turistas do mundo inteiro. Zelar por nossos monumentos é preservar a história da nossa cidade e do povo carioca”, diz ela.

A revitalização dos Arcos da Lapa é executada de cima para baixo, sempre em duas faces ao mesmo tempo. A parte mais perto do chão, até dois metros de altura, é deixada para o fim. Já a cor dos Arcos não vem de tinta, mas sim de cal virgem. Os especialistas explicam que a cal permite que o monumento respire e não se deteriore por trás da pintura. Além disso, a caiação é a mesma técnica utilizada na época da construção do antigo aqueduto, que, por ser tombado, precisa ter suas características originais preservadas.

E o trabalho não se concentra apenas nas alturas: a área ao redor dos Arcos da Lapa, como o pavimento da Praça Cardeal Câmara e o passeio em pedras portuguesas do entorno, também está sendo recuperada pela Conservação. Além disso, os dois painéis do artista Selarón passam por manutenção, com pichações removidas.

História dos Arcos da Lapa

Inaugurado em 1750, o Aqueduto da Carioca, atualmente chamado de Arcos da Lapa, é a maior obra de engenharia no Brasil no século XVIII. Sua construção, em estilo romano, é feita em pedra e cal, medindo cerca de 270 metros de comprimento e 18 metros de altura, distribuídos em 42 arcos plenos, com aberturas circulares entre eles na parte superior.

Erguidos para trazer a água das nascentes do Rio Carioca até o chafariz do Largo da Carioca, a fim de abastecer a população da cidade, os Arcos da Lapa tiveram a primeira estrutura feita com canos de ferro, mas logo trocada por pedra e cal, para evitar a corrosão. Desde 1896, o antigo aqueduto serve como via para o bondinho de Santa Teresa.

A Secretaria Municipal de Conservação – Seconserva tem como missão zelar pela cidade do Rio de Janeiro, sendo a gestora do sistema que mantém e revitaliza os espaços urbanos, além de servir de elo do cidadão com o poder público.

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