Elas estão presentes em várias calçadas no Brasil e em Portugal, formando desenhos variados e embelezando a paisagem, com traçado marcante como o da orla de Copacabana. Mas será que VOCÊ SABIA qual é a origem das pedras portuguesas?
Usar pedras para revestimentos internos e externos é um costume antigo da humanidade, mas foi na Roma Antiga que elas passaram a ser empregadas com mais frequência, formando desenhos sobre muros, paredes e pisos. Os mosaicos bizantinos, preservados na Turquia e na Itália, ainda hoje enchem os olhos de turistas e da população local. Em Portugal, as ruínas da cidade romana de Conimbriga trazem a riqueza dos mosaicos da época de ouro da região.
Já as calçadas de pedras portuguesas como conhecemos atualmente surgiram em meados do Século XIX. Em sua composição, são usadas pedras de formato irregular, geralmente em calcário branco e negro, que formam padrões decorativos ou mosaicos, conforme o contraste entre as diferentes cores. Os tons mais tradicionais são o preto e o branco, embora sejam populares também o marrom, o vermelho, o cinza e o amarelo. Em certas regiões brasileiras, é possível encontrar pedras em azul e verde.
No Brasil, os profissionais especializados na manutenção deste tipo de revestimento são chamados de calceteiros. Em Portugal, são conhecidos como mestres calceteiros. Para o serviço, eles se aproveitam das diclases, como são chamadas as fissuras das rochas, e usam um martelo para fazerem pequenos ajustes na forma das pedras de calcário. As zonas de diferentes cores são marcadas com moldes, que repetem os motivos em sequências lineares, chamadas de frisos, ou em padrões.
A Secretaria Municipal de Conservação também zela por calçadas em pedras portuguesas em vários bairros do Rio. O resultado do trabalho pode ser visto em diferentes pontos da cidade, como a esquina da Rua Santa Luzia com Avenida Presidente Antônio Carlos, no Centro; o calçadão do canto esquerdo de São Conrado; o passeio na Rua Visconde de Santa Isabel, na altura do Parque Recanto do Trovador, em Vila Isabel, e em Ipanema, no trecho da Avenida Vieira Souto próximo à Rua Joana Angélica.