
A Secretaria de Conservação e Serviços Públicos concluiu a pintura da Ponte dos Jesuítas, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, na última sexta-feira (18/07). Após a raspagem total da tinta antiga, foi empregada uma técnica tradicional com cal virgem, visando à preservação do bem tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
“A pintura da Ponte dos Jesuítas é um gesto de respeito à nossa história e à Zona Oeste do Rio. Esse monumento, construído em 1752 pelos jesuítas, é um símbolo do patrimônio colonial brasileiro e da engenhosidade da época. Utilizamos técnicas tradicionais com cal virgem para garantir que sua essência fosse preservada. Nossa prioridade é assegurar que esses marcos sejam conservados. Estamos comprometidos em valorizar cada canto da cidade”, afirmou o secretário Diego Vaz.
Localizada na Estrada do Curtume, a Ponte dos Jesuítas tem como autor o Padre Pero Fernandes. A obra de engenharia colonial foi inaugurada em 1752. Trata-se de uma ponte-comporta edificada pelos jesuítas para a passagem do curso d’água e para regularizar o fluxo do Rio Guandu, desviando parte de suas águas para o Rio Itaguaí. Em alvenaria de pedra, possui quatro arcos que originalmente possuíam portas de madeira.
Seis imponentes colunas de gnaisse se erguem do guarda-corpo: quatro de um lado e duas do outro. No meio, uma cartela barroca traz o símbolo dos jesuítas (I.H.S) e a data de 1752 em um bloco de lioz com a inscrição latina “Flecte genu, tanto sub nomine, flecte viator/ Hic etiam reflua flectitur amnis aqua” (“Dobra o joelho sob tão grande nome, ó viajante./ Aqui também se dobram todas as águas”).